ESTAÇÃO ARMÊNIA (PONTE-PEQUENA), METRÔ DE SÃO PAULO
AUTOR(ES): MARCELO ACCIOLY FRAGELLI
DATA DE PROJETO: 1968
LOCALIZAÇÃO: PRAÇA ARMÊNIA E AV.DO ESTADO, BAIRRO PONTE PEQUENA, SÃO PAULO SP.
FONTES DE PESQUISA: ACRÓPOLE N.359, P.29, MAR.1969.
REFERÊNCIA DO TEXTO: ZEIN, 2005: P.200

Os elementos arquitetônicos mais visíveis e públicos da tendência brutalista da arquitetura paulista são provavelmente as estações da linha Norte-Sul do metrô, que ademais deram oportunidade para a atuação de arquitetos em um tema de caráter eminentemente urbanístico e evidente interesse público, ao mesmo tempo em que oferecia uma oportunidade ímpar de atuação edilícia. Oportunidade conquistada, como relembra Fragelli: “o arquiteto não dava palpite no metrô [...] nós invertemos a coisa e conseguimos reprojetar todas as estações já com projeto inicial […] mas depois que eles aceitavam, levavam o nosso ponto de vista [adiante]” (Magalhães, 1978, p. 320).

Tendo praticamente criado a oportunidade de trabalho, Fragelli e sua equipe souberam aproveitá-la de maneira a dar maior qualidade e visibilidade ao metrô e suas estações da linha norte-sul logrando igualmente uma certa “identidade”, caracterizada pela homogeneidade na linguagem plástica e nos materiais empregados (basicamente o concreto aparente, freqüentemente protendido) e pelo exercício importante de modelagem das formas, quer externas, nas estações elevadas, quer das formas internas, algumas subterrâneas e “escavadas”, complementando, regulando e ajustando as proporções dos espaços de pequena ou grande altura, realizando sempre que possível volumes em balanços, desenhando a alocação de grandes massas de concreto que chegam a ser tratadas de maneira quase escultórica, em grandes panos lisos ou parcialmente vincados, em contraponto com volumes menores, incrementados por talhos, torções, perfurações e expansões.

No desenho das estações elevadas buscou-se ademais uma certa variedade dentro da unidade, conjugando necessidades funcionais da linha propriamente dita com o desenho brutalista dos volumes das estações e acessos, sempre buscando um maior relevo das mesmas na inserção e conexão com seus sítios de implantação.

 

FOTOS:


JULIO BERALDO VALENTE


JULIO BERALDO VALENTE


JULIO BERALDO VALENTE


JULIO BERALDO VALENTE


JULIO BERALDO VALENTE


JULIO BERALDO VALENTE

   
Fonte: Xavier, 1983, p.101    
   
Fonte: Xavier, 1983, p.101    
   
Fonte: Xavier, 1983, p.101    

LOCALIZAÇÃO:

 

DESENHOS TÉCNICOS: JULIO BERALDO VALENTE


Corte


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